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Professor, posso usar o celular?

O mundo na palma da mão! Que sensação de poder essa frase pode dar. E ela pode ser uma realidade se pensarmos que toda a informação que queremos pode estar a um toque de distância na tela, já que nossos celulares estão quase que o tempo todo nas nossas mãos, na frente dos nossos olhos.


De um lado, temos os benefícios da rapidez e fácil acesso a informação, a possibilidade de se manter em contato com pessoas que estão longe, por outro lado, temos presenciado a leviandade de analisar tantas as informações disponíveis e a falta de contato e comunicação com as pessoas de perto.


Trazendo essa discussão para a educação, a dualidade entre os benefícios e malefícios do uso de celular nas escolas e em sala de aula também existe.


A pedagogia sempre teve os estudos de tecnologias de informação e comunicação em pauta e, para tentar andar ao lado das inovações tecnológicas e interesses dos alunos, as TDICs sempre foram implementadas como ferramentas educativas, incluindo o uso de celulares dentro de sala de aula.


Algumas vezes essa tentativa de trazer o celular como ferramenta pedagógica vem em compasso com a máxima de “se não pode contra seus inimigos, junte-se a eles”, mas simplesmente inserir o celular dessa forma, sem um planejamento cuidadoso e combinados eficazes com os alunos, pode não ajudar a alcançar os objetivos esperados nas experiências de aprendizagem.


Podemos enxergar, pelo menos, dois grandes desafios completamente diferentes nessa tentativa: 


A falta de acesso a celulares e internet de parte da população, que poderia continuar sendo excluída;

O excesso do uso de telas por crianças e adolescentes que devem explorar também outras formas de aprender e interagir com o mundo.


Para o primeiro desafio, as possibilidades de soluções são muito mais profundas e de discussão da sociedade como um todo. Conseguimos, porém, conversar sobre o segundo desafio, embora ele também demande conversas de toda a sociedade, como vem acontecendo com o projeto de lei de proibição do uso de celulares nas salas de aula.


A lei não proíbe o uso pedagógico do celular, acompanhado e direcionado por professores, mas ela pode dar respaldo às escolas para que, nos intervalos, por exemplo, não haja uso de celulares e os alunos possam investir em interações sociais e contato com brincadeiras usando sua imaginação e movimentando seus corpos.


Com ou sem a aprovação de tal lei, a maior parte das escolas, em conjunto com as famílias, já estava caminhando para algo neste sentido: se necessário, planejar atividades com os celulares em sala de aula, desde que não em todas as aulas, mas vetar o uso para recreação.


Para isso, são necessárias estratégias. Algumas ideias podem ser:


  • Comitês de pais, alunos e educadores para discutir o uso apropriado dos celulares;

  • Educação midiática permeando as disciplinas escolares;

  • Conversas em casa sobre o uso de celulares;

  • Combinados em casa sobre o uso de celulares (estabelecer limites de tempo, e até momentos do dia em que nenhum membro da família está no celular);

  • Debates nas escolas sobre malefícios e benefícios do uso dos celulares na educação;

  • Estabelecimento de normas e combinados de uso dos celulares em salas de aula;


Em diversas realidades escolares o uso indiscriminado de celulares é um grande desafio. A troca de ideias entre educadores é de grande importância para nos ajudar a gerar insights sobre possibilidades de estratégias que funcionem.


Compartilhe conosco como sua escola e você têm agido em relação ao uso de celulares na escola. Pode ser algo que deu certo, para que outras pessoas tentem, ou algo que não deu certo para que possa gerar discussões e até mesmo novas soluções!


Por Alinne Rios

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