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COP30 e a escola do futuro: como transformar sustentabilidade em prática pedagógica

Atualizado: há 2 dias


Gestores e educadores têm o poder de transformar o tema global da sustentabilidade em um movimento local de aprendizado e ação.

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1. Por que falar da COP30 dentro da escola?


Em 2025, o Brasil recebe a COP30, conferência global sobre mudanças climáticas que reunirá líderes do mundo todo para discutir o futuro do planeta. Mas a transformação que o mundo precisa não começa nos grandes encontros entre governos: seus primeiros passos podem também estar nas escolas.

Falar da COP30 dentro da escola é reconhecer que educar é desenvolver consciência crítica e ambiental. É ajudar as novas gerações a entender que cada escolha - o que consomem, como se locomovem, como se relacionam com o meio - tem um impacto  global. A escola é, portanto, o primeiro e mais potente espaço de formação cidadã para o futuro sustentável.


Alguns exemplos das iniciativas da FourC Bilingual Academy neste anos de 2025 sobre sustentabilidade são:

  • Educação infantil: Nesta fase, o pensamento dos alunos é mais concreto. Neste ciclo, os alunos são incentivados a separar o lixo de forma adequada, reutilizar e reciclar materiais usados em aulas.

  • Anos iniciais do ensino fundamental: Para esta faixa etária, o pensamento começa a se tornar mais abstrato e então é possível abordar desafios que vão além da escola. Neste ano, por exemplo, durante a feira de ciências, os alunos trouxeram reflexões e ações sobre o uso consciente da água, relacionando-os aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

  • Anos finais do ensino fundamental: Neste momento, o pensamento pode ser ainda mais complexo e os alunos são convocados a agir no mundo. Um exemplo foi um estudo do meio ao aterro sanitário de Bauru. A partir disso, nas aulas de Ciências, Tecnologia e Matemática, os alunos pensaram em estratégias para reduzir o volume de resíduos produzidos a partir da confecção de seus projetos.

  • Ensino médio: Nesta etapa, em que o pensamento científico está mais desenvolvido, os alunos podem participar da eletiva “Casa Sustentável”, aplicando conceitos de física e termodinâmica para projetar maquetes de residências eficientes. Durante as aulas, estudam energia solar, ventilação e iluminação naturais, e gestão da água e energia térmica, conectando teoria e prática em soluções reais para reduzir impactos ambientais. A experiência inclui ainda uma exploração técnica ao prédio da FourC, onde os alunos analisam as soluções sustentáveis já implementadas e conhecem os projetos ecológicos da escola, conectando ciência, inovação e responsabilidade ambiental.


2. O papel da escola na criação de uma cultura sustentável


O gestor escolar é o grande articulador da cultura de uma instituição. Quando ele traz a sustentabilidade para o centro das discussões pedagógicas, o tema deixa de ser uma atividade pontual e passa a ser um modo de pensar e agir. Essa mudança começa com decisões intencionais:

  • Ser um espaço sustentável e inspirar a comunidade escolar por meio de ações como: sistema de reuso da água, cuidado minucioso com o destino dos resíduos e comitê de profissionais para guiar o uso consciente de materiais na escola;

  • Inserir o tema no Projeto Político-Pedagógico (PPP), garantindo sua presença em todas as áreas do conhecimento;

  • Apoiar projetos autorais de alunos que proponham soluções para problemas reais da comunidade.

Gestores que inspiram o olhar sustentável formam professores engajados e alunos preparados para o futuro.



3. Sustentabilidade como eixo interdisciplinar


A sustentabilidade não pertence a uma disciplina: ela atravessa todas. Quando o tema é integrado de forma intencional, a aprendizagem ganha propósito e relevância. Imagine um projeto que envolva Ciências para investigar fontes de energia limpa, Geografia para mapear impactos ambientais locais, Matemática para calcular consumo e desperdício, e Arte para comunicar soluções de forma criativa.

Essa abordagem interdisciplinar ajuda o estudante a perceber conexões entre saberes e a desenvolver competências essenciais do século XXI: pensamento crítico, colaboração e cidadania global.



4. A escola como centro de pensamento e transformação


Quando a comunidade escolar acredita no potencial transformador da educação, a escola deixa de ser coadjuvante e se torna protagonista nas mudanças do planeta.

Para além de ensinar sobre sustentabilidade, a escola tem o papel de ensinar a pensar de forma sustentável, a tomar decisões éticas, a refletir sobre impactos e a agir com responsabilidade, tornando possível a criação de futuros que priorizem a saúde do planeta a partir de reflexões e ações locais.


E é isso que a FourC Learning acredita e promove: formações que inspiram gestores e educadores a fazer da escola um espaço vivo de pensamento, diálogo e transformação.


Dica de atividade prática: 


A rotina de pensamento “Três porquês” elaborada pela faculdade de educação da Harvard é um recurso poderoso para guiar discussões sobre temas complexos como a sustentabilidade.

Como você pode usar? Após a leitura de um texto, por exemplo, auxilie seus alunos a responderem:

  1. Por que este tema importa para mim?

  2. Por que este tema importa para as pessoas à minha volta (família, amigos, cidade, país)?

  3. Por que este tema importa para o mundo?


Por meio desta reflexão, conseguimos discernir a relevância de uma situação tendo em mente conexões pessoais, locais e globais.


 
 
 
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