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Foto do escritorHenrique Simão

Como a sala de aula invertida estimula o protagonismo dos alunos?

Atualizado: 24 de ago. de 2023

O ensino híbrido é uma abordagem educacional que combina atividades presenciais e online para proporcionar uma experiência de aprendizado mais diversificada e personalizada. Essa combinação permite que os alunos participem de diferentes atividades em diversos lugares e momentos, possibilitando que aprendam no seu próprio ritmo e de acordo com a sua disponibilidade.

Ao diversificar a forma de abordar os conteúdos, o ensino híbrido favorece o processo de ensino-aprendizagem, pois não restringe os alunos a apenas uma forma de aprender e compreender os materiais. Ele também permite que os educadores utilizem uma variedade de recursos e estratégias para ensinar, tornando o aprendizado mais envolvente e efetivo. Dessa forma, o conteúdo pode ser compartilhado em diferentes formatos, por meio de interações síncronas e assíncronas, atendendo às preferências e estilos de aprendizagem diversos.

A sala de aula invertida é uma metodologia do ensino híbrido, em que ocorre uma mudança na ordem tradicional de apresentação dos conteúdos. Em um modelo de aula convencional, o professor apresenta os conceitos durante o encontro presencial, fazendo com que parte desse tempo seja gasto com a exposição inicial do tema. Isso pode limitar o tempo disponível para atividades práticas e desafiadoras, como debates, resolução de problemas e simulações.

No entanto, a sala de aula invertida propõe que os alunos tenham acesso ao conteúdo antes do momento presencial, através de uma atividade prévia. Essa atividade tem como objetivo apresentar o conteúdo para o aluno de forma antecipada, permitindo que os primeiros momentos do encontro presencial sejam utilizados para esclarecer dúvidas, realizar atividades colaborativas ou retomar os conceitos de forma mais aprofundada.

Para garantir o sucesso da sala de aula invertida, é essencial planejar cuidadosamente o material a ser disponibilizado como atividade prévia. Esse material pode ser criado pelo professor ou selecionado a partir de fontes confiáveis, como vídeos, microlearnings, infográficos, artigos científicos, entre outros. A escolha deve levar em consideração a relevância, a linguagem adequada ao público-alvo e a possibilidade de interações ou reflexões que possam estimular o interesse dos alunos.

Além disso, é fundamental que os alunos compreendam como a metodologia funciona e como os momentos online e presencial estão conectados. O professor deve explicar os benefícios do modelo e orientar os alunos sobre a importância de interagir com o material prévio. O uso de plataformas de aprendizagem pode facilitar esse processo, permitindo a disponibilização de diferentes formatos de material, a criação de quizzes, a participação em fóruns e blogs, entre outras funcionalidades que promovam o engajamento dos estudantes.

Para que a sala de aula invertida seja bem-sucedida, é importante selecionar o material prévio de forma criteriosa, explicar aos alunos a sincronia entre os momentos e otimizar o tempo de encontro presencial com atividades mais participativas e colaborativas.

Essa abordagem estimula o protagonismo dos alunos, uma vez que eles são incentivados a se envolver ativamente no processo de aprendizagem, explorando o conteúdo previamente e participando de atividades práticas e reflexivas durante o encontro presencial. Ao assumirem um papel mais ativo, os estudantes se tornam protagonistas do seu próprio aprendizado, aumentando o engajamento e a compreensão dos conteúdos abordados.

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Bibliografia Consultada:


MORAN, J. Metodologias ativas de bolso: como alunos podem aprender de forma ativa, simplificada e profunda.São Paulo: Editora do Brasil, 2019.


BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: Uma metodologia Ativa de Aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2017. SARMENTO, M. (coord). O Futuro alcançou a escola?: o aluno digital, a BNCC e o uso de metodologias ativas de aprendizagem. São Paulo: Editora do Brasil, 2019.


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