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A escola e a cultura de aprendizagem

Quando você pensa em aprendizagem, em que lugar você pensa primeiro? Eu poderia apostar que você pensou na escola, não foi? Pois é, eu também penso em escola. Um dia desses, pesquisei o termo “cultura de aprendizagem” no Google e, pasmem, 100% dos resultados na primeira página eram sobre o mundo corporativo.


A maior parte das páginas trazia dicas de como estabelecer uma cultura de aprendizagem nas empresas, enfatizando a importância de continuar aprendendo dentro do mercado de trabalho, o que é um fato indiscutível. Precisamos, sim, estar abertos a aprender para sempre não importa a área de atuação no mercado.


Podemos pensar na escola como duas vertentes para continuar falando sobre cultura de aprendizagem: a escola como estabelecimento de ensino e a escola como empresa. 


Como estabelecimento de ensino, espera-se que a escola seja um lar para a mente, um ambiente acolhedor e seguro para testes e erros e que promova o pensamento dos alunos, estimulando-os a agir como cientistas, fomentando assim a cultura de aprendizagem e a cultura de pensamento.


Como empresa, incentiva-se a formação continuada dos professores para que se mantenham atualizados e ativos no mundo da educação. Parece óbvio que há uma cultura de aprendizagem nas escolas. E se mergulharmos um pouco mais fundo nesse assunto? O que está por baixo dessa superfície e que precisamos olhar para que a cultura de aprendizagem na escola seja efetiva e eficiente?


1.Aprendizagem não se resume à educação formal:

Quando incentivamos a formação continuada dos professores, valorizamos as certificações e elas são realmente dignas de valor. São comprovações de esforços direcionados a temas relevantes. Para além dos certificados, nós abrimos espaços para a discussão dos temas dos cursos que os professores fizeram? Os professores conseguem compartilhar seus aprendizados e insights com colegas? Idealmente, a escola seria um espaço aberto para a troca de ideias!


2.Todo colaborador é um educador:

A escola é uma empresa, mas ela é uma empresa diferente de todas as outras, ela é muito peculiar. São muitos humanos em desenvolvimento dentro de um lugar por muitas horas. A escola é uma empresa que exige diversas responsabilidades, por um lado, a responsabilidade com o cuidado e segurança dos alunos, por outro lado, a responsabilidade pelo desenvolvimento intelectual e social deles. 

São muitos os envolvidos nestas responsabilidades e, de certa forma, todo colaborador é um educador e deve estar envolvido na cultura de aprendizagem da escola, cientes de sua visão e missão.


3.“A cultura come a estratégia no café da manhã”:

A frase é atribuída a Peter Drucker, considerado pai da administração moderna. Diz-se que ele nunca verbalizou isso exatamente desta forma, mas é uma boa frase de efeito que fortalece a mensagem, que é real. Sem uma cultura de aprendizagem, qualquer estratégia de formação continuada, por melhor e mais bem intencionada que ela seja, vai por água abaixo.


Como então fomentar a cultura de aprendizagem na escola, tanto como estabelecimento de ensino, quanto como empresa? Estudos da Faculdade de Educação da Harvard elencam oito forças essenciais na construção do que eles chamam “cultura de pensamento” e, se esses oito elementos forem realmente fortes na sala de aula, conseguiremos criar cultura de aprendizagem centrada no pensamento:


  • Tempo

  • Rotinas

  • Linguagem

  • Modelo

  • Expectativas

  • Ambiente

  • Interações

  • Oportunidades


Para que estas forças culturais estejam presentes na sala de aula, é necessário que elas estejam presentes na instituição de ensino como um todo. 


Ficou interessado em saber mais sobre as oito forças culturais? Continue acompanhando nossos conteúdos e aprofundaremos essa discussão.


Estas oito forças moldam as práticas pedagógicas planejadas pela FourC Learning e estão presentes em nossas formações. Para saber mais, entre em contato conosco!






Referências:


RITCHHART, Ron. Creating Cultures of Thinking. The 8 Forces We Must Master

to Truly Transform our School. San Francisco: Jossey-Bass, 2015.


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