Você que trabalha em uma escola bilíngue, ou internacional, ou com um programa bilíngue, ou com carga horária estendida em língua inglesa… Algo que tenha como um de seus propósitos formar alunos bilíngues dentro da escola, como foi sua formação inicial como educador?
Na sua graduação, houve qualquer abordagem à educação bilíngue? Mais precisamente, educação bilíngue de línguas de prestígio, como o inglês, que é o que vemos crescendo no mercado da educação?
São raras as situações em que o assunto, embora já não tão novo, seja tratado nas formações iniciais, não é mesmo? Daí surgem demandas de dois lados: tanto das escolas que precisam de profissionais qualificados e conectados a esta transformação, como dos educadores de se manterem atualizados e antenados.
Em todas as áreas a formação continuada é essencial, seguem aqui alguns focos que podem enriquecer a jornada de lifelong learning do educador bilíngue:
Desenvolvimento das competências linguísticas
O professor precisa cuidar da sua fluência e proficiência na língua alvo. Saber ouvir, ler, falar e escrever na língua em que ensinamos é fundamental para usá-la como meio e objeto de ensino. Por isso, aquilo que indicamos aos nossos alunos é também útil para nós, professores. Precisamos sempre praticar, para isso, algumas dicas:
A ordem de “English, only” pela escola deve valer mais para nós, adultos e modelos de linguagem, do que para os alunos ainda em desenvolvimento!
Que tal um grupo de conversação ou clube de leitura em língua inglesa com seus colegas?
Escolas e centros de idiomas, aplicativos, cursos on-line… são diversas as ferramentas disponíveis para continuar aprimorando as competências linguísticas, por mais avançada que seja sua fluência.
Culturas e interculturalidade
De que forma a cultura é integrada na educação bilíngue?
Língua e cultura são elementos intrinsecamente ligados. A reflexão sobre diferentes culturas e a importância da comunicação intercultural promove a troca de experiências e o respeito à diversidade.
Formações sobre diferenças culturais, práticas de comunicação e nuances linguísticas específicas podem ajudar a tornar o aprendizado mais rico e contextualizado.
Abra o leque de referências culturais. Leia livros e assista produções audiovisuais em língua inglesa, mas não só dos países mais conhecidos, mergulhe nas narrativas de outras localidades e que também se comunicam em língua inglesa, ouça diferentes vozes.
Para facilitar o acesso a diferentes vozes e culturas, precisamos utilizar recursos digitais. Explore e aprenda sobre plataformas de ensino, ferramentas de comunicação e aplicativos educacionais que podem enriquecer seu repertório cultural e o de seus alunos.
Cidadania global
Pegando gancho nas competências interculturais, podemos pensar na língua inglesa como uma língua de comunicação global. Saber se comunicar em língua inglesa é ter acesso à produção cultural e científica do mundo e também ser capaz de produzir conhecimento para o mundo.
A cidadania global vai além de preparar os alunos para mudanças de país, é ajudá-lo a estar apto para agir localmente pensando globalmente.
Como nos preparar para isso?
Precisamos estar atentos aos acontecimentos globais, acompanhando portais confiáveis de notícias do mundo todo.
Olhar para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e propostas da Unesco para a educação podem ser bons aliados.
Abordagens e metodologias
Claro que não dá pra deixar de falar sobre a formação continuada em relação às práticas da sala de aula. Um dos questionamentos que sempre está na mente do educador é: Como posso implementar práticas inovadoras e colaborativas na educação bilíngue?
É fundamental que nossas práticas tenham o aluno como o centro e que elas apoiem o sucesso de todos os alunos, tanto nas línguas em que ensinamos, quanto nos componentes curriculares e, acima de tudo, nas habilidades para a vida! Para isso, é necessário:
Procure entender mais sobre ensino e aprendizagem, mas não só na teoria, busque exemplos reais que ilustram e realmente comprovam como melhorar nossas técnicas de ensino.
Busque aprender por meio das metodologias ativas que queremos aplicar. Quando nos colocamos no lugar dos alunos, aprendendo da forma como buscamos ensinar, conseguimos saber que tipos de suporte precisamos planejar para melhorar nossas próprias aulas.
Pense em competências linguísticas e habilidades relacionadas aos componentes curriculares como elementos que se complementam. Para fomentar esta integração, busque conhecer tipos de currículo e de planejamento mais adequados para a educação bilíngue.
Ser um lifelong learner é uma habilidade que alimenta nossa evolução profissional e pessoal, fortalecendo nossa prática pedagógica e nos preparando para responder com criatividade e sensibilidade às necessidades de cada estudante.
A dica final é: continue seguindo os conteúdos da FourC Learning em nossas redes e conheça alguns de nossos cursos em nosso site!
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