top of page

Crise climática e a educação

“Quase 250 milhões de crianças e adolescentes tiveram os estudos interrompidos por crises climáticas em 2024, alerta UNICEF. No Brasil, 1,17 milhão de meninas e meninos tiveram os estudos interrompidos por eventos climáticos em 2024.”


“Crise climática deixou mais de 1 milhão de estudantes sem aulas. Secas na Amazônia e chuvas no Rio Grande do Sul: eventos interromperam aulas em todo o Brasil.”


“Calor excessivo: como a crise climática afeta a educação? Onda de calor coloca em risco o ensino de mais da metade das escolas brasileiras. Estudo aponta riscos e medidas precisam ser tomadas.”


“Nota técnica elaborada pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), intitulada “O impacto das mudanças climáticas na educação: iniciando um debate”, mostra como o avanço das mudanças climáticas já afeta diretamente a educação brasileira.”


Cada vez mais manchetes como essas têm aparecido. Eventos climáticos extremos, como enchentes, ondas de calor e queimadas, impactam a educação ao suspender aulas, dificultar o aprendizado e agravar problemas de saúde, aumentando a evasão escolar. Esses desafios não são isolados, mas refletem uma crise estrutural que ameaça o direito à educação, ao mesmo tempo que impacta todo o nosso futuro, causando também o que alguns especialistas já apontam como ansiedade climática, ou ecoansiedade.


O tema é tão complexo quanto é sério e real, as mudanças climáticas não podem ser ignoradas na educação em nenhuma de suas vertentes. Diversos estudos destacam a necessidade de considerar a crise climática como um fator determinante no ensino, reforçando o papel essencial das escolas na conscientização ambiental e na proteção dos estudantes diante desses eventos.


Como professores, é natural que também sejamos impactados por essa ansiedade climática e que tenhamos a sensação de que somos pequenos demais diante disso, no entanto, parte crucial da nossa missão como educadores é manter viva a esperança de um mundo melhor, por isso trabalhamos diretamente e diariamente na formação de pessoas.

Diante desse cenário, para acalmar um pouco a ansiedade, vamos pensar em círculos de controle. 


Nós não podemos parar a crise climática, mas podemos ensinar nossos alunos sobre causa e efeito em diferentes esferas, para apoiar no letramento ambiental, para que compreendam os fatores que contribuem para a crise climática e maneiras para atenuá-la. Nós podemos debater sobre formas mais sustentáveis de interagir com a natureza, sendo parte dela como seres humanos. Nós podemos ajudar a comunidade escolar a se envolver em iniciativas que promovam a sustentabilidade. 


Embora as ações pareçam inicialmente pequenas, educar para enfrentar a crise climática é como plantar uma semente: exige cuidado, paciência e dedicação para que a árvore cresça forte, se desenvolva e espalhe novas sementes. Assim como no cultivo de uma floresta, cada gesto conta—seja ao promover reflexões, incentivar atitudes sustentáveis ou inspirar mudanças. No dia a dia com nossos alunos, podemos semear tanto no sentido literal, ao cultivar a natureza, quanto no metafórico, ao nutrir a consciência e a responsabilidade ambiental que florescerão ao longo da vida.


 
 
 

Comments


bottom of page